Quem sou eu?

Danka Maia é Escritora, Professora, mora no Rio de Janeiro e tem mais de vinte e cinco obras. Adora ler, e entende a escrita como a forma que o Destino lhe deu para se expressar. Ama sua família, amigos e animais. “Quando quero fugir escrevo, quando quero ser encontrada oro”.

Por Danka Maia








  Bahi era um menino camponês com uma obsessão na vida: Conhecer o céu e o inferno. Queria mesmo saber se um era o deserto escaldante e o outro a miragem em meio ao mesmo deserto que seus pais viviam lhe contando em histórias e pregando peças. Em meio suas peraltices infantis, cria que talvez as mesmas o impedissem de chegar ao Oásis que todo ser tem direito quando" bonzinho".

    De tanto pedir, veio à boa notícia das ordens celestiais. Ele acordou com uma bela moça ao lado da cama, de cara soube que não era um ser terreno, o rosto dela falava claramente isso sem nenhum termo. O esticar da mão amiga, a mão direita aceitou sem titubear, soube que o momento de esclarecer suas dúvidas enfim abordara.

    Chegaram num lugar de bela paisagem, os ruídos e alaridos vinham da mesma direção. Ela o deixou livre e o menino agitado correu e o ao se deparar com aquela cena seu semblante fechou-se por demais.

    Era uma mesa enorme. Pessoas, pessoas e pessoas ali sentadas, todas em prantos e gritos. Em cima da mesa um banquete se perdia. Eram golousemas, pratos de toda sorte de paladares e todos se estragavam assim, simplesmente. Incomodado olhou o Ser e indagou:

    _Por que não comem?

    Ela sorriu e respondeu:

    _Olhe seus braços. - Que eram tortos, todavia especificadamente com cotovelos para fora, assim não podiam comer e assim padeciam com fome pela eternidade. A moça completou:

    _Este é o inferno Bahi.

    O garoto ficou atônito. Ali? Assim? Como? E logo foram para o mesmo local.

    _Mesmo lugar? - questionou o menino com certo desapontamento.

    _Não. Olhe mais atentamente. -pediu o Ser.

     E ele viu que o ambiente era o mesmo, mesma mesa abissal, mesmo banquete, pessoas com braços tortos, porém com belos sorrisos nos em seus cenhos.

    _Por quê?- Bahi necessitava compreender. E o Ser apontou para a diferença. As pessoas não podiam pegar o próprio alimento, no entanto, podiam alimentar ao seu vizinho.
     Bahi emocionou-se.

    Ali estava não só a diferença, ali se explicava o céu.


    Pois é leitor, nossas atitudes são que constroem ou destroem onde estamos, e criam em nossas vidas nossos céus ou nossos infernos.
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Um comentário:

  1. Brilhante, Danka! Tantas vezes nos esquecemos dessa pequena (mas grande) diferença!

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