Quem sou eu?

Danka Maia é Escritora, Professora, mora no Rio de Janeiro e tem mais de vinte e cinco obras. Adora ler, e entende a escrita como a forma que o Destino lhe deu para se expressar. Ama sua família, amigos e animais. “Quando quero fugir escrevo, quando quero ser encontrada oro”.

SANTOS E IMORAIS Por Danka Maia




Quando A Verdade e A Luxúria Se Encontram, Apenas Uma Delas Pode Prevalecer.




 Viviana recebeu a dádiva de nascer e crescer em um berço cristão. Foi educada para ser a criança perfeita, a filha do pastor perfeita e como não podia ser diferente a esposa de homem de Deus perfeita. Que se deixe claro, que com Deus não se brinca, haja vista que das mãos do diabo, Deus pode livra-lo, mas das mãos de Deus quem te livrará?


A jovem casou-se com Ruí aos 20 anos de idade, um casamento modelo se não fosse pelo detalhe de descobrir-se que depois de algumas tentativas ele não poderia ser pai. Viviana era uma devota rigorosa, cumpridora de todas as tarefas na comunidade cristã a qual pertencia. Ruí era tesoureiro da igreja, irretocável em sua procedência. Entretanto veio a morte do titã, o pai de Viviana, após um câncer agressivo e desumano como todos. Seis meses de dor para a congregação e para a única filha e veio a chegada do Pastor Benjamin Galante, ou como anunciou em seu primeiro discurso para a comunidade: Pastor Galante. Ele era casado com Marry era uma mulher de poucas palavras, beleza natural sem retoques e muito sisuda. Galante era carismático, elegante e extremamente charmoso, porém sempre com aquele ar de contido.

Ben Galante


No entanto cada vez que o pastor Galante sobe ao púlpito dominava toda congregação, o silêncio era a única voz no templo. Seus sermões eram intensos, vívidos e estonteantes, parecia que de algum modo ele flertava com a igreja, mas na verdade sua voz grave e macia, pareciam estar flertando o coração de uma outra pessoa. Viviana chegava quase uma hora antes das reuniões começarem, antes mesmo que o marido Ruí, sempre na primeira cadeira da segunda fila da esquerda,onde a vista tinha como foco principal a visão de seu pastor.com o tempo, Viviana não conseguia lidar com o que sentia por  Galante, tinha inclusive receios que alguém  notasse até mesmo o marido, todavia aquilo tudo era tão vibrante e envolvente e ao mesmo tempo tão novo para ela, parecia dar-lhe forças para atrever-se. Contudo a moça recatada se continha e se detinha em si, pedia que Deus a guardasse de tal sentimento e a punisse se preciso fosse.
Num dia de calor, depois de uma almoço de confraternização da sociedade homens no templo, Viviana fora designada com outras para a limpeza, e foi quando subitamente alguém tocou-se suas contas assustando-a:

_Santo Deus!-colocando a mão sobre o peito do vestido rosa descabido.


_Desculpe Viviana não foi minha intenção assusta-la de tal modo.
Sim, era ele, e ouvir a voz a deixou muito mais abismada, até então Galante nunca viera ter com ela pessoalmente.

_Pastor. Abaixou a cabeça como quem não queria que ele soubesse o que estava estampado em seus olhos.

_Ocupo-lhe? - volvendo a tocar seu ombro numa breve massagem, uma gesto um tanto inapropriado para as regras daquelas rigoroso grupo para duas pessoas casadas, inda mais quando uma delas era o Pastor.

Na aquela noite Viviana não dormiu.

 A bruma madrugada jamais fora tão longa, por fim deixou a cama e sentou-se na sala para ler um livro, todavia, o livro não tinha as respostas que sua alma em chamas apetecia. Matava-se ponderando se friccionar daquelas mãos grandes e bem torneadas realmente a tocaram como a outro qualquer ou se realmente havia a mesma intenção que vira nos olhos dele. Sentia-se culpada somente em raciocinar tal hipótese, porém na semana seguinte quando ela fazia a limpeza costumeira do templo galante a chamou em seu gabinete. Suas pernas tremeram, o coração disparou a boca ficou seca, por um segundo pensou em não ir e arrumar uma desculpa posterior entretanto ao mesmo tempo aquele convite tornou-se irresistível.

O pastor queria mostra-la uma sujeira na cômoda de seu escritório, sujeira esta que Viviana não conseguia ver, até que se virou e seus olhos encontrou nos dele e com a fagulha acesa, o primeiro beijo brotou com força descomunal, não seria pecado dizer força diabólica.



E então Viviana conheceu a luxúria.
 


















E o seu gosto...








E achou que isso era bom.



A partir dali ele a envolveu numa trama de rede mentiras e sexo. Usava a Bíblia para justificar que seu ato era visto com naturalidade aos olhos do céus, uma vez que o rei Davi tivera várias esposas e a mulher que mais amara fora uma amante Betesebá, que casamento era indissolúvel aos olhos de Deus, mas o amor não, qualquer forma de amor era lícita, afinal Deus é amor, dizia ele, no entanto esqueceu de completar a frase: “Deus é amor e também fogo consumidor.”. E apaixonada Viviana decidiu crer nele. A primeira transa foi na sala de gabinete do tempo.
 Quente e tórrida.

 Com ele a moça recatada descobriu o outro lado da luxúria.


O Desejo...


 
A Fantasia...







E a...

 Passionalidade!





Eles se encontravam sete vezes por semana, ora no templo, na casa dela, na casa dele, quando seus conjugues não estavam logicamente. Após dois anos de caso de “amor” tórrido e avassalador, a primeira consequência surgiu, porquê é impossível arcar com ações sem esperar reações.
Quando não podiam estar um com o outro, Galante e Viviana tinham a prática de enviar intensas cartas de amor descrevendo como gostariam que fosse o próximo encontro, descreviam sem pudores o que esperavam de cada um.
E foi uma dessas cartas endereçadas a Benjamin que Ruí o marido de Viviana encontrou no descuido da mulher. Furioso, questionou-a, mas ardilosa soube contornar a situação e explicar que na verdade vira aquilo num programa de televisão para casais, que tinha a finalidade de apimentar a relação e esse era seu intuito, uma vez que pela frieza da convivência mal tinham relações sexuais. Dali em diante as coisas esquentaram entre eles, e agora Viviana tinha que se desdobrar entre seu marido e seu amante pelo menos doze vezes semanais, muitas vezes os dois no mesmo dia em horários evidentemente diferentes. Ela reclamava com Galante sobre a situação, astuto, expunha que a inesperada reação do marido dela salgava as coisas entre eles uma vez que eram muito mais absorventes e alucinantes. Foi quando a segunda consequência veio, Viviana estava grávida, todavia uma vez que o esposo era estéril, ficava óbvio que o pai do bebê era o Pastor. Esperto, ele fez a cabeça dela como e o que deveria mencionar a Ruí, e obedientemente ela acatou sem pestanejar.

 A moça contou sobre a gravidez ao marido e como Deus os abençoara, como o espermatozoide de Ruí era forte e vigoroso,e, ele de novo creu na esposa fiel e recatada.
Contudo no quarto mês de gestação, Viviana perdeu a criança, foi um momento difícil para Ruí, ele queria muito ser pai, mas sem dúvidas foi um alívio para sua esposa e seu pastor, não seria exagero citar que ambos foram abençoados.
Com o tempo, um outro agente entrou na questão: O ciúme.


Viviana já não suportava mais a presença de Marry e da sua condição como esposa de galante, já deixara de ser um jogo amoroso e se tornara um jogo de poder, coisa comum entre as mulheres, mortais que disputam tudo entre si, diga-se de passagem, costumam até se arrumar para competir com a outra. No entanto, aqui a partida era mais acirrada quanto desigual, afinal Marry não sabia que seu posto era cobiçado e sofria ameaças da parte de Viviana. Muito menos que seu marido estingava a amante em relação a esse parâmetro de forma veemente. Sim, Galante gostava de ressaltar a beleza de Viviana e narrar como ela daria uma excelente esposa de Pastor. “Mas no caminho havia uma pedra, havia uma pedra no meio do caminho.”
E não outro modo de retirar tal obstáculo que não seja retirando-a definitivamente. O pastor galante choramingava a sua amante que não poderia se divorciar, era contra a Lei Divina, porém não suportava mais um minuto daquela situação, e usando novamente seu poder bélico de convencimento, conseguiu o que queria.


Viviana que era filha de farmacêuticos, tinham acesso e conhecimento a certas substancias entre elas, o anticongelante é definido como uma substância química que, quando adicionado a um fluido à base de água, reduz o ponto de congelamento da mistura. Anticongelantes são usados ​​em uma ampla variedade de equipamentos mecânicos durante os meses de inverno para evitar o congelamento da solução aquosa de transferência de calor de fluidos.
Líquidos anticongelantes também são usados ​​em pistas de patinação no gelo, sistemas de refrigeração (como um refrigerante secundário), sistemas de aquecimento e ar condicionado, unidades de energia solar, e muitas outras aplicações. Anticongelantes químicos incluem salmoura, como o cloreto de cálcio, álcoois, como metanol, etanol e propranolol e glicerol e glicóis.Todavia, no, no, no corpo humano podem produzir um infarto fulminante sem deixar vestígios de um possível assassinato.
Dias depois a esposa do pastor Galante, Marry sofreu um ataque cardíaco fulminante segundo os médicos.
A primeira pedra havia sido retirada com aparente êxito do caminho de Viviana para o altar. Mas espere! Ainda faltava a segunda pedra a ser deslocada, o seu amado Ruí. Entretanto, o conjugue desconfiou de algumas ações ilícitas do seu pastor, que tinha o poder de usar somente um talão de cheques para suas despesas e Ruí descobrira que de um certo tempo, vez por outra ele utilizava até três talões num mês e ao confrontá-lo ficou estarrecido com o modo agressivo como foi recepcionado pelo sacerdote, um jeito tão inóspito que o levou a uma decisão totalmente repentina por Galante e Viviana. Ruí resolvera deixar a congregação e junto dele deveria por lei canônica ir sua esposa.

Chegara a hora de Ruí sair de cena.
 Porém, no início deste conto citei que das mãos do diabo, Deus pode tira-lo, mas das mãos de Deus quem pode livrar? Há um versículo que é claro a respeito disto:

“Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo.”

Duas noites depois, Rui havia morrido, evidentemente infarto fulminante.
O investigador Teles foi quem achou muito estranho ou muita falta de bom senso divino dois infartos fulminantes acontecer num período tão curto numa mesma localidade, com pessoas de um mesmo ciclo social, e começou a estudar o caso, mas tudo levava ao mero e infeliz acaso do destino e assim terminaria esse caso se, digo se, o investigador teles não tivesse a brilhante ideia de pernoitar noites a fio tanto na frente da casa do pastor como da viúva desamparada e aguardar como uma raposa à espreita pelo lixo. Sim lixo, o lixo de uma pessoa fala muito a respeito dela. O que come, com que gasta, onde vai, com quem se relaciona...
Tanto Viviam como Galante se desfizeram daquelas cartas, das avassaladoras cartas de paixão ardente. A trama foi desvendada, logo que Teles ofereceu a regalia da prisão perpétua ao invés da certa prisão de morte se, ela colaborasse com a investigação do caso.A revelação bombástica veio do pastor,que assumiu ter persuadido Viviana logo que soube que Ruí seu marido lhe contara que deixara para ela um seguro de um milhão de dólares caso ele viesse a falecer,ou seja,para Benjamin,Viviana foi um plano premeditado desde o começo.

Maldito é homem que confia no homem!

Enfim, Viviana hoje vive um caso de amor explicito e sem pudores numa cela no Estado do Texas.
 E o pastor Ben Galante?

Digamos que ele foi prestar contas ao seu antigo chefe(Deus) um pouco antes da hora combinada, antes de ser demitido por justa causa com uma injeção letal no mesmo Estado.






Até Galera!

Compartilhar:
←  Anterior Proxima  → Página inicial

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Agora no Blog!

Powered By Blogger

Total de visualizações de página

Danka na Amazon!

Siga Danka no Instagran

Danka no Wattapad

Curta Danka no Facebook!

Seguidores

Confissões Com Um "Q" De Pecado

Entrevistas

Danka no Google+!

Danka no Twitter

Danka no Skoob

Seguidores

Arquivo do blog