Quem sou eu?

Danka Maia é Escritora, Professora, mora no Rio de Janeiro e tem mais de vinte e cinco obras. Adora ler, e entende a escrita como a forma que o Destino lhe deu para se expressar. Ama sua família, amigos e animais. “Quando quero fugir escrevo, quando quero ser encontrada oro”.

VOCÊ NÃO É TODO MUNDO por Danka Maia


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     Marina e Iago eram os típicos mãe e filho modernos. Ela vivia para o trabalho e para ele, dividiam agruras, alegrias, mas Marina era o tipo de mãe durona daquelas que não aceitava de modo algum que o filho pudesse ser como o outro meramente. Toda vez que o Iago fazia algo a resposta dela era sempre a mesma:
— Você não é todo mundo!
As notas chegavam, o garoto tentava se justificar:
— Mãe, todo mundo tirou nota ruim, não fui só eu!
Lá vinha Marina:
— Você não é todo mundo!
Dias se passavam e o Iago aprontava na rua com os demais moleques da mesma idade.
— Mas mãe...
— Você não é todo mundo!
Até que houve um dia que a nota do menino que era das melhores despencou e Marina o repreendeu:
— O que aconteceu filho? Todo mundo tirou nota boa, todos! O menino a olhou  e rebateu a altura:
— Mãe, eu não sou todo mundo.
Marina se calou e engoliu aquilo como um elefante atravessando a garganta. Passaram anos, Iago cresceu, entrou na faculdade, Marina viveu e então enfim ela errou. Porque para errar basta ser humano, não carece ser pai ou mãe. Envolveu-se num amor que não era amor, perdeu a casa, o emprego, e a única coisa que restou foi esclarecer ao filho a situação. Entretanto, o que doía na mãe era explicar ao filho que ela havia errado. A necessidade falou mais alto e ela simplesmente encheu o peito de coragem e sentada no sofá do apartamento do seu menino desabafou.
Iago a escutou com toda atenção, abraçou, beijou, e passando as mãos pelos seus cabelos  disse:
— Mãe, você é como todo mundo. Todo mundo erra, todos nós em algum instante da vida entra em colisão, cai,machuca. Tudo bem mãe, não há nada censurável em ser como todo mundo inda que continue sendo a melhor mãe do mundo.
Sabe leitor, devemos ter cuidado com o que ensinamos aos nossos filhos, na ânsia de esculpir o bem ou tentar acertar no alvo o mais próximo possível esquecemo-nos de ensiná-los um dos sentimentos mais belos e íntegros: A compaixão. Por que afinal de contas que tipo de ser humano educa se não o ensinamos a reconhecer que o outro pode errar inda que seja tentando acertar?
Ninguém é como ninguém e nem tem que ser.
Bora ser cada um!


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